15 abril 2013

Cognição

Do jeito de olhar,
Sorrir,
Dançar.

Faz a cabeça se perder,
O coração,
A mente voar,

Ergue todos os sentidos,

Perde-se a forma de analisar,
Ganha-se a de gritar.

Onde o desejo,
É desejar.

Com mais-e-mais,
Com o simples medo,
De não mais ser,

Alguém se lembra como é se apaixonar?

14 abril 2013

O povo

O povo agita suas bandeiras, grita e cuida daqueles que são seus. Isso é humanidade?
O povo alegre nas contradições mensaleiras, no PT, que faz desse um país revolucionário dentro dele mesmo. Onde o PSDB, partido que se julga melhor que os outros, roubou o equivalente, em um de seus roubos, setenta vezes, eu disse setenta vezes, o valor pragmatizado no governo petista. 
Um povo que não é o meu, não por ser brasileiro, mas por interesse, pela dissidência, pela contrariedade, pela despolitização, pela pseudo-felicidade.
Certo é encorajar uma ideia, defendê-la se assim for parcimonioso, no consenso geral... O brasileiro não defende uma ideia, só aquelas que trazem benefícios, onde o fim pouco importa, o que importa são os benefícios reais até lá. Um povo vazio, que defende unicamente o que lhe faz bem e que não tem deveras princípios pelos quais lutar. Olhamos e falamos o que muitas vezes nem vemos, mas ouvimos falarem. O balançar de cabeças é livre, assim como a liberdade que muitos dizem ter, ou como o desprendimento, ou como o pseudo-entendimento de algo que se diz. O Brasil sempre foi rico, mas avassalado pelos pobres que aqui vinham. Historicamente, um país que teve dificuldades, mas que por benefícios portugueses, por benefícios espanhóis, por benefícios de partidos que fizeram muito pouco por esse país, desde cafeicultores, até aos políticos atuais, por tempo demais. Por tentativas e mais tentativas de benefícios que assolam a nossa sociedade, onde a própria sociedade, é quem concorre nas eleições... São reflexo. Um povo que não busca saber, mas acusar. Um povo que luta sentado pela igualdade das mulheres, pela descriminalização, pelas tarifas altas de passagens de ônibus, pelo corte das árvores históricas. Luta sentado pelo direito a uma televisão de qualidade aos domingos, pra que o Faustão molde e apresente a Dança dos Famosos, pra que as "tchutchucas" do funk apareçam de sainha, para que o Carnaval continue sendo assim, "desseguro, mas não pra mim!" Cuidar do outro é uma necessidade tão desimportante quanto a lei Maria da Penha votada no Congresso Nacional. Não queremos que as cotas sejam uma realidade, queremos que daqui vinte anos tenhamos gente pensando diferente, e sabendo, que foram quinhentos anos de não-igualdade com os negros, e sim, pela cor da pele. Pobreza é sinônimo, mas mesmo o negro rico, esteve afastado de seus direitos, teve na sua cor da pele dúvidas de quem era, sofreu sim quinhentos anos de descriminação nesse país, mas aquilo que falávamos, se for pra melhor existir e benefícios ter, não é mesmo? Muitos brancos não veem assim, têm a facilidade vista nesses últimos anos de um governo que busca unicamente o nosso bem-estar, e muitos negros acham que foi ontem que esse país foi descoberto e esquecem aquilo que seus antepassados viveram.