08 fevereiro 2013

"Polidicção"

Falar, ler, pensar, escrever;
Ver, rever; sentir, digerir.
Pensar sobre o pensado, repensar. Ver o que foi visto, rever.
A vida é uma troca de experiências, de sensações, de novidades, de pessoas que sempre serão uma espécie de "pega-pega" de coisas novas, masque muitas vezes, esquecem de si.
Se o acaso permitisse acasos, seria tão mais "acasiante", tão mais cheio de surpresas, o mundo em que vivemos, não sei se os que programam as coisas, de maneira "tão programada", teriam as menções de que na vida, tudo pode dar certo, tudo pode não dar, e isso não depende da programação que você estabeleceu.
A forma como as coisas acontecem, a forma como vão-e-vem, vem-e-vão, a forma nem sempre é clássica, sem sempre é preto-no-branco, mensurável, determinável. "Só sei que nada sei", dizia o Sócrates, procurando sempre pelo saber, não determinando as formas do saber, não dizendo como tudo vai ou não ser, vamos aprender a sorrir sem que seja pensado, a ver o pôr-do-sol, a lua-cheia, a pular na chuva, a respeitar o sol... Somos pequenos, ínfimos, olhem bem o tamanho do nosso planeta, depois disso, da galáxia, depois disso, das galáxias todas, somos tão pequenos, que nada sabemos...


Talvez


Talvez eu devesse não me importar,
Talvez ela só vá se irritar,
Como ela sempre faz.

Talvez nem goste de saber da falta que me faz,

Talvez nem tenha sido paixão,
Mas foi tesão.

Ou talvez tenha só começado assim,

Começado, estado, ficado.
Ou será o fim?

Porque sim,

Me encantei sem exatidão,
Se ela tivesse (re)surgido de outra forma,
Não seria "tão-tão", entende?

Eu talvez, talvez, 

Teria, riria, iria, faria, conseguiria, viveria...
Mas sem os "ia" todos,
Talvez teria sido essa, a maior falta que já senti.