16 novembro 2013

Diferenciações

Seja arte,
Seja amor,
Seja liberdade.

Tenha respeito,
Tenha noção,
Tenha opinião,

E não,
Não confunda
Ter e ser.

Seja honesto,
Ou não.
Quem responderá por isso,
Será unicamente você.

E mentir nem sempre é feio,
Talvez seja gentil.
E o mar também é quente,
Quando bem acompanhado.

Terás e serás maior do que pensas,
Menor que sonhas.
Acredite nos olhos,
E menos em palavras.

Sinta,
Venha;
Conte,
Escute;
Cante,
Dance;

Porque é só você,

Que pode fazer por você mesmo.

12 novembro 2013

.Tchê

     Não que venha ao caso a menção do sentido do apelido, que obviamente todos sabem, mas pela conotação do próprio indivíduo quando chamado assim, porque esse era um apelido que pessoas de um só lugar conheciam, que pessoas são sempre lembradas pelo apelido dado, e que algumas delas também lembram. Umas de coisas boas, outras nem tão boas assim, mas é devida a lembrança, porque sem dúvida, o referente ainda não mudou nem mesmo seu e-mail, foi a fase mais derivada que conheceu.
     É tão gostoso quando se faz jus àquelas memórias, é regalo de saudade, mas o mais incrível desse sentimento, ele não se aplica especificamente, é exatamente de um todo, mas de um todo que já morreu. Pensamento triste, talvez, mas não, foi o ciclo mais bonito, a etimologia de tudo, foi ali que passou a enxergar tudo aquilo de uma maneira diferente, era mais pesado, mais autêntico, mas de possível universo, difícil, mas era de gigantescas possibilidades o meio em que vivemos. A sociedade é muito díspar, muito "afastante", desigual, mas é tão sofisticado sentir-se em casa, e o mais impressionante, é quando nos sentimos assim, sem que seja a nossa casa. As recordações são as melhores coisas que a vida dá, depois que tudo o que você almeja foi conquistado, depois que tudo o que você almeja foi perdido, entre os momentos de calma, e aqueles nada calmos que temos, são somente elas que vão nos acalmar, nos focar, nos distinguir, amenizar. Se fossemos derivar cada uma das reminiscências, faltariam adjetivos, mudariam, deixariam de ser, cresceriam, é muito maluca uma memória, porque nela, ninguém mais viu como você viu, não tem como explicar qualquer sentido, porque mesmo se tentassem, não teriam como saber aquilo o que foi absorvido por você.
     Se um combinado deixar de ser lembrado, morreu. Não adianta alguém que tenha visto, tentar determinar, fixar algo como uma anotação, é singular aquilo e porque a decisão foi tomada. É desordenada uma definição não-entendida e não-assumida, faz-se desorientadamente tudo aquilo o que não "se sente", entendem?
     É uma terra onde o carnaval é lindo, as praias são maravilhosas, mas não é essa a alusão, me refiro às pessoas de lá. Aos sempre engraçados, originais e autênticos seres-humanos que certamente conhecerão por lá.

10 novembro 2013

Eles

Ele escrevia da saudade,

Ele escrevia do silêncio,
Ele escrevia sem-sentido;

Ele escrevia suas verdades.
Ele ia escrevendo;

Das paroxítonas,
Dos pontos-de-vista.

Porém,
Nunca soube escrever realmente,

Nem mesmo quando escrevia-escrevia,
Via sentido,

Naquilo que escreveu.