18 novembro 2011

Cuidado

     Hoje recebi um telefonema muito bom, de quem fez questão de ligar, de quem não precisava ouvir uma resposta, precisava e fazia questão de dizer. A língua em vão é sujeito do verbo, recebe, como um padeiro a esperar o pão, ou o cachorro da casa de alguém que espera comida e água todos os dias, inexiste, mas sobrevive. Tenha em mente que tudo na vida, os feitos e os defeitos, serão lembrados, o mundo é redondo, circular, e "tudo o que vai, volta". Não seja diferente daquilo que tu é, não meça palavras, quero ouví-las inteiras, o pior, pra que quando o melhor aparecer, o pior já faça parte. Um sábio já dizia, peça outro gole, sendo que o peça, pode ser uma peça teatral. Fingir não é para os raros, é pros que ainda não viveram, desconhecem, não aprenderam consigo mesmo, estar e ser são coisas muito distintas, esse ano passará, mas não de lembranças, de aprendizados. De partes corrompidas e distorcidas, de postes andando a mijar, de coisas não constantes, mas os raros ficarão, sem mentiras ou omissões. Mentir um beijo é passageiro, mentir um amor é machucar a si mesmo, fidelidade é ser leal consigo mesmo, é lavar pratos pelo simples fato de ter boa companhia, é contar histórias sem nexo algum, nem sentido elas têm, sinto, caros amigos, mas a vida passará, tem quem se preocupe com quanto, tem quem se preocupe com aonde e tem quem se preocupe com quem, e esses, esses são raros, abrace ao peceber alguém assim, fique em silêncio para perceber o que é imperceptível, ele não olha pra mais ninguém.