03 outubro 2013

Suma, importância.

     Vejo de uma forma meio paradoxal essas coisas na internet: blá blá blá é um momento de filtrar as emoções. Filtrar, mas filtrar por quê? Seria como um diálogo próprio. Se a ordem fosse filtrar emoções, não morreria de saudade, de afinidade, de estado, de espírito, de correspondência, ou de país. Filtrar as emoções seria como diminuí-las. Não sei a ênfase, mas me perece linear a ideia de diminuição, e diminuir também é lembrar, não acham?
     Acho supervalorização uma ideia de não pensar naquilo, só executar determinada tarefa, aquilo em que você realiza, só, entendem? Me parece exagero uma obrigatoriedade não definida por si, seja ela qual for, isso teria que, simplesmente, vir, não?
     "Um cronograma, é assim." Não sei se vocês compreendem, mas é como desenhar uma linha reta pra alguém que mal se lembra como andar, e mandá-lo ir "sobre a linha", subestimação de uma capacidade ou definição de um determinado mandamento, pleonasmo. Qual a indefinição de quem unicamente, não deseja ser comandado por alguém? "Faça isso", "faça aquilo", "faça aquilo outro", daqui a pouco, depois de fazer exatamente aquilo que pediam, ele olhou e pensou, "mas por quê?" E decidiu andar não conforme a música que todos escutavam, mas aquela que quase ninguém podia ouvir. E foi dançando, cantarolando, e sentou-se, à frente daquele grupo de médicos, e pesou-se, na balança à esquerda, e riu, e voltou, e quando perguntado falou: tipo, vocês realmente acham que eu seria chamado de "normal" por vocês?